A transferência de embrião (TE) e a Fecundação In Vitro (FIV) são duas das técnicas mais modernas em reprodução animal. Essas técnicas embrionárias são consideradas pelos especialistas como a maneira mais racional de aproveitamento do potencial genético e de melhoramento de matrizes, principalmente no que diz respeito aos bovinos de corte. Enquanto que normalmente uma vaca pode produzir uma media de 10 terneiros em toda a sua vida reprodutiva, com a TE e FIV pode-se ter uma media de 15 produtos ou mais, por ano de sua vida reprodutiva.

Ambas as técnicas estão amplamente difundidas na pecuária brasileira. Para se ter uma ideia, o Brasil responde sozinho por 26,9% dos embriões produzidos no mundo, sendo o país que mais produz embriões. Entre os pecuaristas gaúchos a técnica mais empregada é a Transferência de Embrião, pois no RS prevalece a criação de raças europeias, que produzem mais embriões por esta técnica devido a características de sua fisiologia ovariana. Já no restante do país, prevalece a Fecundação In Vitro, pois o gado zebuíno e suas cruzas respondem melhor a esta técnica.

Wagner Marques de Lima, médico veterinário da Biotec – empresa especializada em reprodução animal -, atende a diversos criadores da raça Devon, como as cabanhas Corticeiras, Saudade, Fazenda Santo Antônio, Agropecuária Camboatã, Fazenda Estrela, entre outros. Ele destaca que, entre seus clientes, a técnica mais popular é a TE, pois é a que tem produzido os melhores resultados na raça, devido a sua origem. “Todas as etapas dessa técnica são realizadas na propriedade, não necessitando de grandes investimentos no processo de produção de embriões, o que gera economia aos criadores”, explica Lima.

Diferenças em TE X FIV

A TE envolve procedimentos de estimulação hormonal para indução de múltiplas evoluções na fêmea, inseminação artificial no momento adequado, coleta dos embriões e transferência para o útero das receptoras preparadas.

Já a FIV é uma técnica baseada na recuperação e óvulos dos ovários das doadoras, podendo ser realizado com o auxílio de ultrassom. Esses óvulos, ainda imaturos, são submetidos à maturação, fecundação e desenvolvimento em meios específicos dentro de equipamentos, em laboratório, que simulam a condição do útero materno. Ao final de seu desenvolvimento, os embriões são transferidos para o útero de receptoras previamente preparadas.

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